Rabinato de Israel adota questionário anti-missionário
O Rabino Chefe sefardita Shlomo Amar recebeu da uma organização anti-missionária, lista de mais de 60 missionários que estavam em processo de conversão ao judaísmo ou que o tinham concluído com o único objetivo de se infiltrarem junto a comunidades observantes da Torá.
A lista inclui os nomes, endereços e números de identificação dos missionários que esconderam a sua verdadeira fé e objetivo. Muitos deles terminaram um longo processo de conversão, incluindo uma série de testes, e alguns receberam certificados de conversão, se proclamando judeus, apesar de suas crenças ocultas e verdadeiro intento.
Com a ajuda do certificado, alguns conseguiram se infiltrar em algumas comunidades Haredi, Chabadnekin e ganharam aceitação em escolas religiosas.
Os tribunais religiosos de Israel que julgaram as conversões não poderiam ter imaginado que esses aparentemente inocentes conversos pertenciam a seitas messiânicas e esperavam com isto pregar a sua doutrina “terrorista” entre os judeus.
Rav Amar ficou chocado com os fatos que lhe foram apresentados e saudou o plano apresentado pelo rabino Lipshitz para pôr termo aos missionários aproveitando os tribunais religiosos.
Rav Lipshitz apresentou uma lista de 17 questões específicas que devem ser colocadas a todos que procuram converter-se. Todas as questões exigem uma resposta sim ou não. Ele explicou que de acordo com as crenças dos missionários, é proibido negar uma pergunta em relação à sua fé, e se o missionário mentir, e no futuro descobrir-se que se tratava de um messiânico, sua conversão não foi sincera e poderá ser cassada, inclusive para fins de imigração e de benefícios juntos ao Estado de Israel, pois neste caso, explicou o rabino, não se trata de questão espiritual, que é irrevogável, e sim de política, já que o falso converso é um messit.
“Você precisa saber exatamente o que pedir e como, de uma forma que não deixe margem para dúvidas”, disse ele.
Um exemplo notório já denunciado pela internet é do missionário cristão Davi André Farias de Meneses, mais conhecido como pastor Davi Meneses auto-denominado David Ben Avraham, falso judeu (יהודי שווא), líder de uma congregação messiânica denominada "beit teshuvá" e presidente da associação "amigos da Torá". Ele realizou uma falsa conversão nos EUA e agora se apresenta como "judeu reformista". Neste caso suspeita-se que até mesmo o Beit Din seria falso!
A organização anti-missionária Israel Livre instituiu um curso, também aprovado pelo Rabinato Chefe, que visa preparar os julgadores do Beit Din Hagadol para enfrentar a perspicácia dos “judeus messiânicos”. “Novos inimigos exigem novas estratégias”, declarou o rabino.
O questionário foi imediatamente adotado pelo Rav Amar, que é também o nassi do Beit Din Hagadol.
© Artigo traduzido e adaptado para o português brasileiro por Antonio Segal para Judeus.org com autorização de www.yeshiva.org.il
domingo, 27 de março de 2011
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